Quando foi que nasceu? Nunca soubemos
e nunca foi preciso descobrir.
Sentíamos seu pulso em cada beijo
e bastava saber que estava ali.
Cada encontro era sístole e as esperas,
diástoles. Cada gesto carinhoso,
alento, e cada fim de uma conversa
era a antecipação do reencontro.
Mas foi, desde não sei qual tempo atrás,
afogando nalgum silêncio bruto e
percebemos só quando demos mais
um beijo e não sentimos mais seu pulso.
Morreu conforme foi seu nascimento:
quando foi, nós também nunca soubemos.
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