Quando amanhã o sol se despontar
no alto da serra e iluminar meu rosto,
vou acordar convicto como um louco
e fazer minha trouxa de exilado.
Roupas finas, sapatos bem cuidados,
pois não precisarei pisar no lodo
nunca mais: eu farei um novo sonho
quando amanhã o sol me iluminar.
Vou acordar despido dos receios,
com bússola pulsante no meu peito
e a certeza de rumo guarnecido.
Vou acordar, abrir minha porteira,
preparar minha égua na cocheira
e galopar como tropeiro antigo.