eu carrego na palma envelhecida
um punhado luzido da memória
mas não sei mais falar a sua língua
e sinto uma distância irreparável
e uma voz sussurrando nostalgias
num canto luminoso da memória
mas não sei mais falar a sua língua
a terra que deixei na minha infância
agora nem parece que existia
mas carrego um punhado na memória
mesmo sem mais falar a sua língua
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